FACULDADE PARAÍSO
Tecnólogo em Logística - 5º Período
Tecnologia da Informação Aplicada
Professor: Marcelo Giacomini
Aluna: Dilma Barcellosdilmafpbarcellos@hotmail.com
Introdução
A denominada "realidade mista" ou realidade aumentada (RA), é uma visão em tempo real, de objetos virtuais no seu ambiente real, podendo ajustar-se mesmo ao se movimentar, possibilitando ao usuário, experiências multissensoriais (visão, audição, olfato, tato, força,...) ao observar objetos virtuais tais como, um texto, uma imagem, som, etc.
A ferramenta de trabalho, Big Data, trará significados úteis, com informações (insights), valiosas para a empresa que a utilizarem.
Desenvolvimento
O termo Realidade aumentada, surgiu em 1992, com Tom Caudell e David Mizell. Em 1996, Jun Rekimoto, apresentou o 2D matrix markers (formas quadradas de códigos de barra).
Na realidade virtual, o objetivo é transportar usuários para um novo mundo, construído digitalmente. Isso é possível com aparelhos, como óculos, que tentam isolar as pessoas da realidade e as inserir em um novo contexto. É possível participar do que acontece ao redor por meio de controles. Ou apenas acompanhar a ação, como em shows e filmes. Na realidade aumentada, os mundos digital e real acabam misturados. Softwares e aparelhos com câmera permitem que a gente veja no ambiente objetos virtuais, fictícios, e até interaja com eles.
Hoje temos equipamentos que misturam as duas tecnologias – a realidade virtual e a aumentada. A realidade mista está em produtos como o Hololens, da Microsoft, mapeamento de sala, ou "room tracking". Ele usa os sensores do aparelho para escanear as características dos ambientes (tamanho, altura, quantidade de móveis), o que permite que a realidade virtual ou aumentada, entenda e responda com precisão a esses espaços físicos.
Compra é outro exemplo. Com o Tango, um aparelho recria em sua tela um produto nas dimensões verdadeiras. O recurso pode ser muito útil ao mostrar que aquele sofá dos sonhos cabe no seu apartamento de 34 m². "Mais e mais pessoas compram pela internet, e é difícil saber o tamanho de um produto pela foto. Com o Tango, você consegue dizer se um quadro fica bonito na sua parede. Isso dá mais confiança para comprar", resume Lee.
Em 1997, Steve Feiner desenvolveu o Touring Machine, o primeiro sistema móvel de RA, que era composto por um óculos-display com um rastreador integrado, uma mochila com um computador, um GPS, um rádio digital que era conectado a internet wireless e um computador de mão cuja aparência era um pouco mais delicada e possuía uma interface com touchpad.
Aplicação
A Área Militar foi muito importante no início do desenvolvimento da RA, e continua sendo um de seus principais fomentadores, sendo utilizada no auxílio a pilotos de aeronaves e soldados em batalha (AZUMA, 1997, p. 363) (EKENGREN, 2009, p. 7).
Uma das funções mais exploradas nos dispositivos de RA é o auxílio à navegação. O computador pode orientar o usuário sobre qual direção tomar e dar informações sobre locais importantes com imagens adicionadas à paisagem (HÖLLERER; FEINER, 2004, p. 7-8).
Em pesquisa educacional, jogos eletrônicos, adaptados para ensino, do professor Eddy Antonini, do interior de São Paulo, que publicou um vídeo ensinando matemática, tendo como referência o aplicativo Pokémon Go.
A Realidade Aumentada, está presente também em publicidade, Arquitetura, Projeto, Industrias... Da mesma forma, sua aplicação pode ser verificada, nos campos da medicina e saúde, como a exemplo da Head-Mounted Devices, que utiliza a ferramenta, como auxílio e treino para cirurgias. Os dados dos pacientes, coletados via exames, não invasivos, como ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas podem formar uma imagem interna do mesmo, em 3-D (AZUMA, 1997, p. 358).
O mercado de design de joia e interiores, recebe a tecnologia, como aliada e podemos deduzir, que além da visualização, virtual, favoreça também a redução de furtos dos objetos.
Formas de exibição da RA
A tecnologia de realidade virtual envolve todo o hardware utilizado pelo usuário para participar do ambiente virtual. Estão incluídos aí os rastreadores, capacetes, navegadores 3D, luvas, fones de ouvido, dispositivos de reação e outros dispositivos específicos [Vince, 1995, 2004], [Sherman, 2003].
Capacetes e Óculos Estereoscópicos
Tanto os óculos estereoscópicos, quanto os capacetes, dão noção de profundidade, mas os capacetes permitem a imersão, enquanto os óculos não fazem isto por si só, dependendo do ambiente de visualização. Usando óculos em ambiente de monitor ou com tela de projeção, a visualização é não imersiva, enquanto que, dentro de uma CAVE(sala onde as paredes são telas de projeção), tem-se a visualização imersiva.
O capacete, por outro lado, apresenta duas imagens defasadas (uma para cada olho) diretamente nos olhos do usuário. Como o capacete é rastreado, a movimentação da cabeça faz com que as imagens sejam geradas, de acordo com a posição e orientação do usuário.
Apesar dos avanços tecnológicos, os capacetes ainda apresentam algum incômodo ergonômico, devido ao peso e necessidade de ajustes.
Algumas formas de interação - Fotos
Vantagem e desvantagem
Uma das vantagens está no uso voltado para o entretenimento, a RA tem muito a oferecer. Uma das possibilidades é fornecer visitas “guiadas” a sítios históricos, com reconstruções virtuais de como seria o ambiente.
Uma das desvantagens está na dificuldade de manipular objetos em frente de um espelho. Fotos
Como em toda implantação e experimentação, espera-se que com o avanço rápido dos programas e aparelhos, tais dificuldades tendam a ser superadas, trazendo maior conforto, segurança, precisão, utilidades, ligados a melhorias para manipulação.
Há algum tipo de risco para os consumidores que utilizam a realidade aumentada mais do que deveriam?
A tecnologia é uma outra oportunidade para distração, então, os usuários precisam prestar atenção aos seus arredores quando jogam. Além disso, há algumas ameaças de hackers mal-intencionados, que criam "cópias" de jogos para estimular o download de aplicativos enganosos. Games baseados em localização podem também ser usados para atrair pessoas a locais em que crimes possam ocorrer.
Há ainda um risco mais amplo. Esses aplicativos podem ser mais um local para a publicidade onipresente e persistente, que pode não ser bem-vinda, através de pop-ups e outros links.
O Big Data é um conjunto de tecnologias capaz de lidar com grande volume de dados, de diferentes formatos e com velocidade (muitas vezes em tempo real).
O BI tem foco na análise dos dados estruturados disponíveis à organização. Ele fornece insights valiosos para os gestores na tomada de decisão. Seus dados históricos fornecem tendências e informações que auxiliam nos processos para alavancar os resultados do negócio. Ao passo que Big Data tem uma característica de descoberta de insights em grandes volumes de dados, estruturados ou não, em tempo hábil para auxílio à decisão.
Ele processa as informações à procura de correlações, tendências e descobertas. A precisão em um volume tão grande de dados pode não ser significativo. Os insights gerados promovem a inovação, por exemplo, com a prospecção de clientes e do mercado através dos dados de mensagens de texto, redes sociais, áudio, vídeos e outros formatos.
O Big Data possui cinco premissas básicas. Chamadas de os “5 Vs”, sendo que as duas últimas ainda não são de consenso geral:
· Volume: O Big Data deve possibilitar a análise de grandes volumes de dados.
· Velocidade: O Big Data deve fornecer as repostas com velocidade e em tempo hábil.
· Variedade: Big Data deve ser capaz de lidar com diferentes formatos de informação. Áudio, vídeo, mensagens de texto, redes sociais etc..
· Veracidade: Os dados devem ser fiéis a realidade.
· Valor: Os dados do Big Data devem agregar valor ao negócio. Sem valor, a informação não tem utilidade.
Na prática o BI tem um papel essencial na utilização de dados estruturados para a análise preditiva. Além disso, o Big Data poderá fornecer dados importantíssimos ao BI após a descoberta e transformação dos dados não-estruturados em estruturados. O BI também poderá fornecer sua base de informações para o Big Data fazer as correlações necessárias com os dados provenientes dos mais diversos meios, valorizando dessa forma um ao outro com uma complementaridade recíproca.
Portanto, para uma aquisição de sucesso em umas dessas soluções tecnológicas, devemos estar atentos às diferenças e objetivos que cada uma possui. Com o devido esclarecimento, o foco fica voltado apenas na decisão de qual das duas soluções serão necessárias para o apoio adequado aos negócios, evitando assim aquisições equivocadas.
Realidade aumentada só funciona “bem” com Big Data
Para as empresas, além da apresentação de informação e facilitar a interação com o consumidor, a tecnologia servirá como ponto de partida para a obtenção de dados, diz Christiane Perey.
Um dos principais problemas da aceitação da realidade aumentada está na confusão feita pelos consumidores, sobre as aplicações dessa tecnologia e as de realidade virtual, aponta Christiane Perey. A diretora executiva da Augmented Reality for Enterprise Alliance (AREA), organização promotora do primeiro segmento, prevê que a tecnologia ganhará maior presença nas empresas, antes de merecer lugar destacado no âmbito mais pessoal ou doméstico.
Em entrevista, alerta ainda que a utilização da “realidade aumentada empresarial” pode envolver riscos, de privacidade e até de saúde para os trabalhadores. Também não funcionará bem, sem uma plataforma de Big Data ou analítica por trás, concorda a especialista convidada pela IT People Innovation, para a segunda edição do Realidade Aumentada em Lisboa (RALI).
CW ‒ Como é que as empresas poderão usar a realidade aumentada nos seus processos de negócio?
Christiane Perey ‒ Gosto de partir da ideia de que todas as empresas têm uma atividade que envolve o desenho de produtos ou serviços, tendo depois de os vender e distribuir. Na perspectiva do ciclo de vida do produto, há aplicações para cada fase, em quase todos os setores.
CW ‒ Quais são os setores onde ela se mostra mais útil, ou tem sido mais adaptada?
CF ‒ O sector automóvel e o aeroespacial, o da aviação, da arquitetura, engenharia e da construção.
CW ‒ Mas não no retalho que era um dos setores nos quais se dizia que haveria uma adaptação mais avançada?
CF ‒ Há desafios no retalho que podem ser abordados com a realidade aumentada. Um dos tipos de aplicação é na venda de espaço ou posições nas prateleiras.
Colocando-se nelas uma câmara é possível controlar se os produtos estão colocados em conformidade com os contratos estabelecidos com o produtor ou fornecedor. Além de se obter outros dados.
Outras empresas estão a procurar facilitar o acesso a informação sobre os produtos usando a realidade aumentada, para mostrar de forma mais visual onde foi produzido ou qual foi a pegada de carbono associada. Ajuda a promover os valores que os consumidores prezam e que estarão associados aos produtos e para cada consumidor. Pode ser também o preço em vez da qualidade.
CW ‒ E para tudo isso é necessário ter uma plataforma potente de Big Data.
CF – Correto. Não acho que possa haver uma realidade aumentada empresarial sem haver um sistema empresarial por trás. A realidade aumentada é também uma forma de visualizar os ativos que já estão nos sistemas de TI, de maneira mais fiável e clara e rápida.
Na automatização da gestão de TI há o problema de haver muitas irregularidades nos dados. Não se sabe se a totalidade dos dados está correta, ou se apenas 10%.
Além disso, os dados sobre ativos como as frotas de caminhões ou de aviões estão separados deles. Nestas áreas há grande potencial para a realidade aumentada porque envolvem menos risco e ela pode ajudar a reduzir erros.
CW ‒ E como?
CF ‒ Fazendo com que as tarefas (de manutenção, sobretudo) sejam executadas com rigor e em conformidade com as políticas da empresa ou das autoridades regulatórias.
CW ‒ Mas sugeriu que a ligação digital e os ativos e os dados sobre estes é fraca? Porque diz isso e como é que a realidade aumentada altera a situação?
CF ‒ A realidade aumentada vem tornar a ligação mais visível, mais visual. Mas como se recorre a câmaras, pode-se adquirir informação sobre o estado atual do mundo físico. Como se está a captar imagens quando se está a fornecer realidade aumentada, o fluxo de dados é bidirecional, incluindo até dados sobre as interações que se tem com a representação de realidade aumentada.
CW ‒ Portanto, a realidade aumentada só funciona para o negócio quando se tem essa ligação e fluxo bidirecional com o mundo físico, servindo a captação de informação?
CF ‒ O processo de ligar o mundo físico e digital tem sido muito manual. As pessoas escrevem código para criar experiências, interativas e com imersão.
Mas isso tem uma margem de expansão muito curta. É muito cara e muito lenta. Há sistemas a serem desenvolvidos que vão automatizar a criação dessa ligação entre o mundo digital e físico.
Quando for possível gerar essa ligação de forma automática, haverá uma explosão de experiências.
As pessoas que usam as ferramentas mostram-se mais orgulhosas face àquelas que não as utilizam. Reconhecem-se como inovadoras e procuram demonstrar o seu valor para a empresa.
CW ‒ Então concorda que se consegue ser mais ágil nas soluções usando realidade aumentada?
CP ‒ Depende do que se quer fazer. Mas aí nem se fala em maior mobilidade!! Não se anda por aí facilmente com uma viseira de realidade virtual, porque nos podemos magoar facilmente.
E porque se está completamente envolvido num ambiente virtual há efeitos [colaterais] porque os sistemas biológicos não estão alinhados com esse contexto. Os nossos sensores humanos foram desenvolvidos para o mundo físico e agora e estar num mundo completamente virtual provoca náuseas e dores de cabeça às pessoas.
Um mundo puramente sintetizado é belo e excitante, mas os nossos corpos dizem-nos que há qualquer coisa fora do normal. Isso é particularmente severo quando a realidade virtual é bastante complexa porque os processadores acabam por não conseguir corresponder às necessidades, surgindo atrasos.
Os corpos sentem isso. Na realidade aumentada há uma referência ao mundo físico. A mobilidade é uma grande tendência, mas as empresas não adaptaram até os consumidores o fazerem.
CW ‒ Como assim?
CP ‒ Quando se tornou eficiente do ponto de vista dos custos as empresas não começaram a disponibiliza-la indiscriminadamente, mas os consumidores obtiveram-na dos operadores, os quais criaram uma enorme economia de escala e os custos caíram. Depois as empresas perceberam que podiam usar os dispositivos.
Os PC tiveram o mesmo percurso, com as empresas a aproveitarem o conhecimento desenvolvido pelas pessoas em casa. Mas eu acho que os dispositivos de realidade aumentada vão ter um percurso ao contrário.
As pessoas vão experimentá-las primeiro nas empresas e depois em casa.
Uma das razões é o fato de num ambiente de trabalho ser mais fácil controlar as condições. Quanto menos variações houver em fatores como a luz, melhores são as experiências.
Conclusão
Podemos observar, que com à popularização de dispositivos móveis, hoje, a internet também contribui para a difusão desta tecnologia da RA, sendo também muito utilizada, nas etapas de modelagem e simulação do produto, inicialmente na etapa de divulgação dos produtos, a RA permitia unicamente a visualização tridimensional dos mesmos, enquanto que hoje já é possível a sua experimentação de maneira virtual, de modo a auxiliar o usuário na decisão de compra de um novo produto.
Como ferramenta de suporte à prototipagem e avaliação de produtos, a RA permite a redução do tempo e o aumento da flexibilidade no projeto do produto.
Como tendência de aplicação das tecnologias de RA no processo de desenvolvimento de produtos, pode-se destacar a sua possível implementação em manuais de produtos, com acionamento por comando de voz, onde o usuário possa esclarecer eventuais dúvidas quanto ao funcionamento do mesmo. As informações seriam mostradas passo a passo no HMD, deixando as mãos do usuário livres para executar as tarefas necessárias. Uma possibilidade interessante é a de desenvolver projetos com total imersão, podendo manipular os trabalhos em qualquer escala, sem auxílio de periféricos, como teclado e mouse, somente usando um HMD (Head Mounted Display) ou mesmo lentes de contato com projeção na retina.
A empresa que busca inovar aceita a ferramentas Big data (terabytes) para movimentar muitos dados de um lado para outro, estruturados ou não, dos sensores para as plataformas, a controlar as interações sistemáticas.
Referências
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Disponível em: <file:///C:/Users/Cliente/Downloads/2700-9599-1-PB.pdf>. Acesso em 22 ago. de 2016.
Disponívelem:<https://www.researchgate.net/publication/241463735_Fundamentos_e_Tecnologia_de_Realidade_Virtual_e_Aumentada> Acessado em 22 ago. de 2016.
Disponível em: <http://www.ufrgs.br/cbgdp2011/downloads/10280.pdf>. Acessado em 22 ago. de 2016.
Realidade Aumentada Origem, Funcionamento e Usos Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/42151853/Realidade-Aumentada-Origem-Funcionamento-e-Usos-Nellie-Santee-Suely-Gomes>. Acessado em 22 ago. de 2016.
Professor ensina matemática usando Pokemon GO Disponível em:
<http://appairj.blogspot.com.br/2016/08/professor-ensina-matematica-usando-o_55.html> . Acessado em 23 ago. de 2016.
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Pokemon GO é só começo da realidade aumentada Disponível em: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/pokemon-go-e-so-o-comeco-da-realidade-aumentada-diz-ieee>. Acessado em 23 ago. de 2016.
Contextualizando big data - Por Diego Elias - Disponível em: <http://www.binapratica.com.br/#!contextualizando-big-data/c1pur >Acessado em 23 ago. de 2016.
Realidade aumentada só funciona bem com big data - Por João Nóbrega - Disponível em:
<http://www.computerworld.com.pt/2016/02/17/realidade-aumentada-so-funciona-bem-com-big-data/ >. Acessado em 23 ago. de 2016.
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