Geografia



URBANIZAÇÃO BRASILEIRA E O PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS CIDADES

O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana. Esse deslocamento, também chamado de êxodo rural, provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que equivale aos níveis de urbanização dos países desenvolvidos.

Até 1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. As principais atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos agrícolas, dentre eles o café. A partir do início do processo industrial, em 1930, começou a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo rural. Além da industrialização, também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade, dois outros fatores, como a concentração fundiária e a mecanização do campo.

Em 1940, apenas 31% da população brasileira vivia em cidades. Foi a partir de 1950 que o processo de urbanização se intensificou, pois com a industrialização promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek houve a formação de um mercado interno integrado que atraiu milhares de pessoas para o Sudeste do país, região que possuía a maior infraestrutura e, consequentemente, a que concentrava o maior número de indústrias.

Hierarquia Urbana

Consiste numa forma de organização entre as cidades, onde os grandes centros urbanos apresentam influência sobre as médias e pequenas cidades.

Dentre as principais cidades e suas funções estão: cidades turísticas, cidades industriais, cidades portuárias, cidades comerciais e prestadoras de serviços.

Cidades turísticas: Búzios (RJ), Porto Seguro (BA), Campos do Jordão (SP), entre outras. 
Cidades industriais: São Bernardo do Campo, Santo André...
Cidades portuárias: Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Tubarão (ES). 
Cidades comerciais e prestadoras de serviços: Maringá, Ribeirão Preto.

A partir de 1970, mais da metade dos brasileiros já se encontrava em áreas urbanas, cuja oferta de emprego e de serviços, como saúde, educação e transporte, eram maiores. Em 60 anos, a população rural aumentou cerca de 12%, enquanto que a população urbana passou de 13 milhões de habitantes para 138 milhões, um aumento de mais de 1.000%.


Esta hierarquização é formada principalmente com base na diversificação econômica dos centros urbanos, fazendo com que aqueles com menor desenvolvimento estejam dependentes e subordinados às metrópoles mais desenvolvidas.

Também é através da hierarquia urbana que é organizado o espaço nacional, em termos de influência de certos centros urbanos sobre outros. Funciona como um indicador da importância de uma cidade, sendo esta nem sempre dependente do seu tamanho, mas de outros fatores influenciadores, como a dinâmica de mercadorias, pessoas, serviços e informações que possui, por exemplo. A hierarquia urbana pode apresentar uma escala regional, nacional ou mundial.

A hierarquia urbana está relacionada com o ranking de cidades, desde a menor até a que tem maior população. Dentro da hierarquia urbana as cidades podem mudar de posição, uma vez que existem transferências de população entre as cidades, fazendo com que variem de posição.

No Brasil, a hierarquia urbana segue o modelo proposto pelo IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): Metrópoles, Capitais Regionais, Capitais Sub-Regionais, Centros de Zona e Centros Locais. Em outros países do mundo, no entanto, os padrões de classificação da hierarquia urbana podem variar, principalmente de acordo com a estruturação dessas nações.

A hierarquia urbana é formada por metrópoles nacionais, que são as grandes cidades; as metrópoles regionais, que são cidades que exercem uma polarização em uma extensa região; capitais regionais, que são cidades que polarizam uma área menor ou menos importante em termos de população; centros regionais, que são cidades polarizadas pelas capitais regionais e que polarizam uma grande quantidade de cidades locais, e as cidades locais, que são pequenas cidades que exercem influência numa área reduzida, onde predominam padrões rurais ou semi-urbanos de moradia, como vilas, por exemplo.

Em um dos vários aspectos referentes à urbanização, podemos destacar a forma com que algumas cidades tendem a se especializar economicamente. Essa especialização pode ocorrer no sentido de dinamizar uma economia local ou regional, podendo transformar um espaço previamente existente, ou conceber e planejar a criação de cidades para atender a funções específicas.


Fonte:

http://educacao.globo.com/geografia/assunto/urbanizacao/urbanizacao-brasileira.html

https://www.significados.com.br/hierarquia-urbana/

https://www.todamateria.com.br/urbanizacao-brasileira/

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/funcao-das-cidades.htm

https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/as-funcoes-das-cidades-brasileiras.htm






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