domingo, 10 de novembro de 2013

POLUIÇÃO


Poluição do Ar
Química
Intensisficação do Efeito Estufa: Alguns gases como o metano e o CO2 apresentam uma interessante propriedade: deixam a luz do sol penetrar na atmosfera, mas não deixam o calor ser disperso para o exterior da Terra.Causa: a principal causa do efeito estufa é a queima de combustíveis fósseis (como o carvão e o petróleo) e não a devastação das florestas tropicais, como muitas pessoas acreditam. Lembre que as florestas são ecossistemas em clímax, em que o consumo e a produção de CO2 se equivalem. No máximo, as queimadas, pela combustão de biomassa, podem elevar o lançamento de CO2 na atmosfera. Entretanto, a destruição de florestas tropicais pode acarretar graves alterações climáticas, já que o fenômeno de evapotranspiração regula o clima mundial.
Conseqüências: o aumento do teor de CO2 na atmosfera vem acarretando o aumento da temperatura da Terra. Uma das principais mudanças causadas por esse aumento é a mudança da flora característica de várias regiões do mundo (as plantas têm "preferências" climáticas). Um outro fenômeno, mais catastrófico, seria a elevação do nível do mar, devido ao derretimento das calotas polares. Existe uma vertente de biólogos que especula que a elevação do nível de CO2 poderia aumentar a taxa de fotossíntese mundial, talvez, até, aumentando a produtividade agrícola.



Destruição da Camada de Ozônio: Há cerca de 30 km de altitude se situa uma fina camada de gás ozônio (O3). Esta camada desempenha um papel importante ao atuar como um filtro que barra a entrada de radiação ultravioleta, a qual intensa atividade mutagênica. Os cloro-fluor-carbonos (CFCs), usados como refrigerantes (geladeiras e condicionadores de ar), expansores de isopor, etc., atuam destruindo a camada de ozônio, aumentando a penetração da radiação ultra-violeta.
Conseqüências: o aumento da incidência de radiação U.V. aumentaria a taxa de mutações nos seres vivos, atingindo especialmente o fitoplâncton. Para o homem, haveria aumento do índice de câncer (especialmente de pele) e de cataratas.
Chuva Ácida:
Nos gases produzidos por fábricas e motores (em especial quando há queima de carvão mineral) são liberados para a atmosfera óxidos de enxofre (SO2) os quais reagem com o vapor da água produzindo ácido sulfúrico (H2SO4), que é diluído na água da chuva e dando origem a uma chuva com pH muito ácido. A chuva ácida gera um desequilíbrio nos sais minerais dissolvidos nos solos rios e lagos levando a morte de árvores e outros organismos terrestres e aquáticos.

No Brasil, a mata atlântica é extremamente afetada pela chuva ácida, uma vez que muitos centros urbanos e industriais se localizam próximos ao litoral. Em Cubatão (São Paulo) vários programas de reflorestamento têm acontecido nos últimos anos, a fim de proteger as encostas cuja vegetação foi destruída.
Além desses efeitos, as indústrias químicas e os motores a explosão, lançam diariamente toneladas de gases tóxicos, metais pesados e outras substâncias no ar. Exemplos:
- chumbo: é assimilado pela respiração. Possui efeitos mutagênicos e atinge o sistema nervoso central.
- CO: o monóxido de carbono atua inutilizando a hemoglobina e diminuindo a capacidade de transporte de O2..

Inversão Térmica: Em condições normais, existe um gradiente de diminuição de temperatura do ar com o aumento da altitude (o ar é mais frio em lugares mais altos). Ao longo do dia, o ar frio tende a descer (por que é mais denso) e o ar quente tende a subir (pois é menos denso), criando correntes de convecção que renovam o ar junto ao solo. Em algumas ocasiões e locais (especialmente junto a encostas de montanhas ou em vales) ocorre uma inversão: uma camada de ar frio se interpõe entre duas camadas de ar quente, evitando que as correntes de convecção se formem.
Dessa forma, o ar junto ao solo fica estagnado e não sofre renovação. Se houver uma cidade nessa região, haverá acúmulo de poluentes no ar, em concentrações que podem levar a efeitos danosos. Um exemplo de cidade brasileira que sofre com a inversão térmica é São Paulo.

Poluição do Solo
Remoção da Cobertura Vegetal: A remoção da cobertura vegetal promove a exposição do solo às intempéries. A camada de húmus (terra rica em matéria orgânica em decomposição), que é mais ou menos fina, de acordo com a comunidade, é, então, facilmente removida - no processo chamado lixiviação. O solo fica, dessa forma, estéril, inviabilizando a renovação da vegetação removida. Isso fica extremamente evidente no caso da Amazônia, onde a camada de húmus não ultrapassa 3 cm de espessura e as chuvas são abundantes.
A ausência de vegetação acelera, ainda, o processo de erosão do solo. A chuva arrasta o solo desprotegido em direção ao leito dos rios, formando enormes crateras (as voçorocas) e levando ao assoreamento dos rios. Nas encostas, a situação pode provocar deslizamentos com graves conseqüências para o homem. 

Poluição Biológica
A intervenção do homem nos ecossistemas naturais vem também causando o descontrole nos equilíbrios populacionais. Inúmeros exemplos, como o uso de defensivos agrícolas (que exterminam predadores naturais e selecionam espécies resistentes), a introdução de espécies em ecossistemas isolados (a Austrália é um bom exemplo). As atividades humanas estão reduzindo enormemente a diversidade de espécies de organismos vivos encontrados em nosso planeta (chamada de biodiversidade). Milhares de espécies de animais, plantas e outros seres vivos já foram extintos pela ação direta ou indireta do ser humano. Mais importante do que a ação predatória direta do homem, é a destruição dos ecossistemas naturais, substituídos por pastagens e lavouras, que leva inúmeras espécies de macro e microorganismos à extinção. Isso representa não só uma perda de valores espirituais, estéticos e turísticos, mas também ao desaparecimento de fontes de novos remédios, substancias químicas e alimentos produzidos por esses organismos, os quais são destruídos antes mesmo de serem conhecidos e utilizados pelo ser humano. O estabelecimento de reservas, áreas de preservação e uso mais racional dos ecossistemas é fundamental para a preservação da biodiversidade.
Profª Heloísa Cecília Agudo Simões

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