Poluição do Ar
Química
Intensisficação do Efeito Estufa: Alguns gases como o metano e o CO2 apresentam uma interessante propriedade: deixam a luz do sol penetrar na atmosfera, mas não deixam o calor ser disperso para o exterior da Terra.Causa: a principal causa do efeito estufa é a queima de combustíveis fósseis (como o carvão e o petróleo) e não a devastação das florestas tropicais, como muitas pessoas acreditam. Lembre que as florestas são ecossistemas em clímax, em que o consumo e a produção de CO2 se equivalem. No máximo, as queimadas, pela combustão de biomassa, podem elevar o lançamento de CO2 na atmosfera. Entretanto, a destruição de florestas tropicais pode acarretar graves alterações climáticas, já que o fenômeno de evapotranspiração regula o clima mundial.
Conseqüências: o aumento do teor de CO2 na
atmosfera vem acarretando o aumento da temperatura da Terra. Uma das
principais mudanças causadas por esse aumento é a mudança da flora característica
de várias regiões do mundo (as plantas têm "preferências"
climáticas). Um outro fenômeno, mais catastrófico, seria a elevação do
nível do mar, devido ao derretimento das calotas polares. Existe uma vertente
de biólogos que especula que a elevação do nível de CO2 poderia
aumentar a taxa de fotossíntese mundial, talvez, até, aumentando a
produtividade agrícola.
Destruição da Camada de Ozônio: Há cerca de 30 km de altitude se situa uma fina camada de gás ozônio (O3). Esta camada desempenha um papel importante ao atuar como um filtro que barra a entrada de radiação ultravioleta, a qual intensa atividade mutagênica. Os cloro-fluor-carbonos (CFCs), usados como refrigerantes (geladeiras e condicionadores de ar), expansores de isopor, etc., atuam destruindo a camada de ozônio, aumentando a penetração da radiação ultra-violeta.
Conseqüências: o aumento da incidência de radiação
U.V. aumentaria a taxa de mutações nos seres vivos, atingindo especialmente o
fitoplâncton. Para o homem, haveria aumento do índice de câncer
(especialmente de pele) e de cataratas.
Chuva Ácida: |
Nos gases produzidos por
fábricas e motores (em especial quando há queima de carvão mineral) são
liberados para a atmosfera óxidos de enxofre (SO2) os quais reagem
com o vapor da água produzindo ácido sulfúrico (H2SO4),
que é diluído na água da chuva e dando origem a uma chuva com pH muito ácido. A
chuva ácida gera um desequilíbrio nos sais minerais dissolvidos nos solos rios
e lagos levando a morte de árvores e outros organismos terrestres e aquáticos.
No Brasil, a mata atlântica é extremamente afetada pela
chuva ácida, uma vez que muitos centros urbanos e industriais se localizam
próximos ao litoral. Em Cubatão (São Paulo) vários programas de
reflorestamento têm acontecido nos últimos anos, a fim de proteger as
encostas cuja vegetação foi destruída.
Além desses efeitos, as indústrias químicas e os motores a
explosão, lançam diariamente toneladas de gases tóxicos, metais pesados e
outras substâncias no ar. Exemplos:
- chumbo: é assimilado pela respiração. Possui efeitos mutagênicos e atinge o sistema nervoso central. - CO: o monóxido de carbono atua inutilizando a hemoglobina e diminuindo a capacidade de transporte de O2.. |
Inversão Térmica: Em condições normais, existe um
gradiente de diminuição de temperatura do ar com o aumento da altitude (o ar
é mais frio em lugares mais altos). Ao longo do dia, o ar frio tende a descer
(por que é mais denso) e o ar quente tende a subir (pois é menos denso), criando
correntes de convecção que renovam o ar junto ao solo. Em algumas ocasiões e
locais (especialmente junto a encostas de montanhas ou em vales) ocorre uma
inversão: uma camada de ar frio se interpõe entre duas camadas de ar quente,
evitando que as correntes de convecção se formem.
Dessa forma, o ar junto ao solo fica estagnado e não sofre renovação. Se houver uma cidade nessa região, haverá acúmulo de poluentes no ar, em concentrações que podem levar a efeitos danosos. Um exemplo de cidade brasileira que sofre com a inversão térmica é São Paulo. Poluição do Solo
Remoção da Cobertura Vegetal: A remoção da
cobertura vegetal promove a exposição do solo às intempéries. A camada de
húmus (terra rica em matéria orgânica em decomposição), que é mais ou menos fina,
de acordo com a comunidade, é, então, facilmente removida - no processo
chamado lixiviação. O solo fica, dessa forma, estéril, inviabilizando a
renovação da vegetação removida. Isso fica extremamente evidente no caso da
Amazônia, onde a camada de húmus não ultrapassa 3 cm de espessura e as chuvas
são abundantes.
A ausência de vegetação acelera, ainda, o processo de
erosão do solo. A chuva arrasta o solo desprotegido em direção ao leito dos
rios, formando enormes crateras (as voçorocas) e levando ao assoreamento dos
rios. Nas encostas, a situação pode provocar deslizamentos com graves
conseqüências para o homem.
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Poluição Biológica
A intervenção do homem nos ecossistemas naturais vem também
causando o descontrole nos equilíbrios populacionais. Inúmeros exemplos, como
o uso de defensivos agrícolas (que exterminam predadores naturais e
selecionam espécies resistentes), a introdução de espécies em ecossistemas
isolados (a Austrália é um bom exemplo). As atividades humanas estão
reduzindo enormemente a diversidade de espécies de organismos vivos
encontrados em nosso planeta (chamada de biodiversidade). Milhares de
espécies de animais, plantas e outros seres vivos já foram extintos pela ação
direta ou indireta do ser humano. Mais importante do que a ação predatória
direta do homem, é a destruição dos ecossistemas naturais, substituídos por
pastagens e lavouras, que leva inúmeras espécies de macro e microorganismos à
extinção. Isso representa não só uma perda de valores espirituais, estéticos
e turísticos, mas também ao desaparecimento de fontes de novos remédios,
substancias químicas e alimentos produzidos por esses organismos, os quais
são destruídos antes mesmo de serem conhecidos e utilizados pelo ser humano.
O estabelecimento de reservas, áreas de preservação e uso mais racional dos
ecossistemas é fundamental para a preservação da biodiversidade.
Profª Heloísa Cecília Agudo Simões
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