quinta-feira, 29 de maio de 2014

TDAH

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Um Exemplo:
Presta atenção, ... não viaja!
Quando está fazendo atividades você não consegue se concentrar?
-Mãe, é que eu esqueço o que eu tô fazendo, por exemplo, se a professora fala presidente, eu logo imagino que sou um presidente e que estou pelo mundo fazendo muitas coisas e se ela fala carro, eu logo imagino que estou numa Ferrari conhecendo muitos lugares!.
-Mas filho, sempre foi assim?
-Hã, como assim?
-Sempre foi assim na escola, você fica imaginando coisas?
-Ah é! Acho que sempre.
-Tá bom, agora a mãe precisa ir trabalhar, vem aqui e fecha o portão pra mim?
Então logo levanto da mesa e ele me segue pra fechar o portão, chego na frente de casa e ele volta. Eu observando chamo-o:
-Filho! O que foi que eu falei pra você?
-Hã?
-Filho, eu falei pra você fechar o portão! 

-Ah é... Eu sabia que tinha que fechar alguma coisa!

O texto abaixo, dá uma visão do funcionamento do cérebro das pessoas com esse distúrbio.
Por Rodrigo Rezende .
Buzina de carro, latido de cachorro, choro de bebê, "Que horas são?", "Rola algo no Facebook?", "Que programa de TV é esse?", "O que tem para comer?", "Por que alguém vai ler esta matéria mesmo?". Apenas 5 minutos sentado em frente ao computador e tudo isso já passou pela minha cabeça. Tudo ao meu redor fala mais alto do que escrever este texto. Fecho a janela, checo o relógio, surfo na net, desligo a tv, como chocolate. Só então consigo voltar para explicar o que você ganha ao continuar lendo esta matéria: uma visão sobre como funciona uma mente inquieta. Nas próximas páginas, você vai enxergar o mundo pelos meus olhos. Bem-vindo ao cérebro TDAH. 

A redação da SUPER não é exatamente o lugar mais tranquilo para manter a atenção. Pilhas de livros nas mesas, revistas importadas nas paredes, gente falando ao telefone. Enquanto rabisco caoticamente num bloquinho, o diretor de redação me explica uma pauta: "Quero que você escreva sobre TDAH. Mas em primeira pessoa. Sua experiência pode ser interessante para o leitor". Topo fazer a matéria imediatamente. Marcamos o prazo de um mês para entregar o texto que você lê agora. Prazo real de entrega: dois anos. 

Se você tem TDAH, não é difícil se identificar com a história acima. Ela expõe um dos traços mais característicos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: dificuldade em gerenciar o tempo. O paciente TDAH também se reconhece facilmente na brincadeira de Douglas Adams, autor do Guia do Mochileiro das Galáxias: "Amo prazos de entrega. Adoro o som que fazem quando passam voando pela minha janela". Quem sofre de TDAH tende a ser tachado de avoado ou incapaz. Mas julgamentos como esses não explicam as nuances da mente TDAH. Eu mesmo, por exemplo, perco as contas de quantas vezes chego atrasado a compromissos e esqueço datas de aniversário. Ao mesmo tempo, tenho a estranha capacidade de ler textos que me interessam por horas a fio nos ambientes mais caóticos possíveis. 

É bem provável que você conheça mais pessoas com esse perfil. Estima-se que um em cada 20 adultos apresente sintomas suficientes para ser diagnosticado com TDAH. Um estudo afirma que o impacto da doença na produtividade dos EUA é de US$ 77 bilhões de prejuízo por ano. Uma cifra que ultrapassa a da depressão (US$ 43 bilhões) e a do abuso de drogas (58). Por isso, entender o TDAH é uma tarefa cada vez mais importante. E é isso que eu fiz, procurando alguém que conhece o assunto bem de dentro. Mais exatamente, de dentro de seu próprio cérebro. 

Uma pilha de exames com cérebros coloridos. É o que mais chama atenção na mesa da psiquiatra e autora de livros Ana Beatriz Barbosa. Mas não consigo tirar os olhos de um outro objeto: um bloco de anotações. Dentro dele, vejo a prova física do que já sabia antes: não sou o único com problemas de atenção na sala. Os rabiscos caóticos só podem ter vindo de um lugar: outro cérebro TDAH. 

Enquanto enche de riscos o seu bloquinho, Ana Beatriz explica o que há de errado em nossas cabeças: "O defeito está numa parte do cérebro chamada lobo frontal, que fica próxima à testa." O lobo frontal é uma espécie de gerente executivo do cérebro. A função dele é coletar informações e enviar ordens em forma de impulsos elétricos para as outras partes do órgão. Mas, como todo bom gerente, exige um pagamento adequado para trabalhar. No caso, o pagamento é em dopamina, uma substância que regula a interação entre neurônios. Sem ela, os neurônios do lobo frontal não conseguem conversar direito. Quando isso acontece, o cérebro começa a funcionar como uma empresa sem CEO: ganha o setor que grita mais alto. Com medo da falência, a empresa cerebral ainda pode tentar criar uma espécie de caixa dois de dopamina. Aí começa uma busca desesperada por tudo que promove a produção do neurotransmissor: açucar, sexo, nicotina, jogo, álcool, drogas ilegais. Não é à toa que 17 a 45% dos adultos com TDAH apresentam problemas com álcool, e que o risco de se viciar em drogas é o dobro para quem tem essa doença. 

Mas como diagnosticar alguém assim? "Primeiro, é preciso sorte", diz a psiquiatra. "Pessoas com TDAH muitas vezes não têm ideia de que sofrem de uma doença". Sorte foi exatamente o que levou Ana Beatriz a ser diagnosticada. Atrasada para um curso na Universidade Berkeley (EUA) -"Começava às 8h. Cheguei 9h15."-, foi obrigada a assistir à única palestra disponível no horário. O palestrante era Russell Barkley, um dos pioneiros no estudo do TDAH. Ao ouvir os sintomas da doença, Ana Beatriz não teve dúvidas: "Sou eu!". Logo que a palestra acabou, foi atrás de Barkley e pediu para fazer um teste psicológico. Ele voltou com o resultado positivo. Assim que começou a se tratar para TDAH, Ana Beatriz, que cursou ao mesmo tempo Medicina, Física e Odontologia, conseguiu pisar no freio da mente e seguir uma estrada só: especializou-se em TDAH e hoje é autora de best-sellers sobre o tema. 

Homo desatentus
Savana africana, 30 mil a.C. Em um pequeno grupo de Homo sapiens, alguém se esforça para entender a conversa. Não é tarefa fácil. Folhas balançando ao vento, pilhas de ossos ao lado, trilhas de animais no chão. Tudo capta seu olhar. Mas o TDAH pode ter sido uma vantagem para nossos ancestrais. Na luta pela sobrevivência entre caçadores-coletores, levava vantagem quem possuía uma misteriosa habilidade presente no cérebro TDAH: o hiperfoco. Hiperfoco é uma capacidade de superconcentração característica de muitas mentes desatentas. Você já deve ter topado com gente assim: o menino que não para quieto, mas joga 10 horas de videogame, ou a pessoa que não vai à aula, mas passa a tarde tocando violão. Seriam todos descendentes diretos do caçador distraído, mas supereficaz. Para ele, um animal na savana é como um videogame ou um violão: algo que monopoliza o cérebro. Essa capacidade de ver uma presa e apagar o resto do mundo conferiu vantagens evolutivas. E, em tese, possibilitou que os genes do caçador TDAH chegassem até nós. "Estima-se que 80% dos casos de TDAH têm origens genéticas", diz o psiquiatra da New York University Lenard Adler. 

Para saber mais
Mentes Inquietas
Ana Beatriz Barbosa, Fontanar, 2009. 



quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Sal da Terra

Lembrei dessa música que ouvi pela primeira vez em 1997, quando visitava uma rádio comunitária.
Atividade que fiz para  o curso de EJA do Nuec/UFF-2014.
(Lei 9.795/99), “a prática educativa das questões ambientais deve ser integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal”.  
Objetivos:
*Estimular os alunos a ouvir MÚSICA.
*Interpretar a letra.
*Promover diversas atividades educacionais (coleta seletiva do lixo, caminhadas ecológicas, higiene pessoal e reaproveitamento de papel).
                                              O Sal da Terra
Roupa Nova
Composição: Beto Guedes - Ronaldo Bastos
Anda, quero te dizer nenhum segredo/Falo nesse chão da nossa casa/Vem que tá na hora de arrumar/Tempo, quero viver mais duzentos anos/Quero não ferir meu semelhante/Nem por isso quero me ferir/Vamos precisar de todo mundo/Pra banir do mundo a opressão/Para construir a vida nova/Vamos precisar de muito amor/A felicidade mora ao lado/E quem não é tolo pode ver/A paz na Terra, amor/O pé na terra/A paz na Terra, amor/O sal da Terra/És o mais bonito dos planetas/Tão te maltratando por dinheiro/Tu que és a nave nossa irmã/Canta, leva tua vida em harmonia/E nos alimenta com teus frutos/Tu que és do homem a maçã/Vamos precisar de todo mundo/Um mais um é sempre mais que dois/Pra melhor juntar as nossas forças/É só repartir melhor o pão/Recriar o paraíso agora/Para merecer quem vem depois/Deixa nascer o amor/Deixa fluir o amor/Deixa crescer o amor/Deixa viver o amor/(O sal da terra)

A)Consulte no dicionário as palavras que você não conhece.

B) Rique do texto "O Sal da Terra" os numerais e represente em símbolo.

C) Classifique-o substantivo amor em concreto ou abstrato.

D) Conjugue os verbos no  indicativo.
presente          pretérito            Futuro
arrumar           nascer               construir  

terça-feira, 6 de maio de 2014

O Velho Doutor

Janusz Korczak, pseudônimo de Henryk Goldszmit, também conhecido como o Velho Doutor ou o Senhor Doutor, nasceu em Varsóvia, no dia 22 de julho de 1878 ou 1879, e foi assassinado em Treblinka, no dia 5 ou 6 de agosto de 1942) foi médico, pediatra, pedagogista, escritor, autor infantil, publicista, activista social, oficial do Exército Polaco.

Foi um pedagogo inovador e autor de obras no campo da teoria e prática educacional. Foi precursor nas iniciativas em prol dos direitos da criança e do reconhecimento da total igualdade das crianças que hoje encontramos nas Escolas Democráticas.

Na qualidade de diretor de um orfanato instituiu, entre outros, um tribunal de arbitragem de crianças, no âmbito do qual as próprias crianças avaliavam as causas apresentadas por elas mesmas, podendo também levar a tribunal os seus educadores.

O famoso psicólogo suíço, Jean Piaget, que visitou o orfanato Dom Sierot (A Casa dos Órfãos), fundado e dirigido por Korczak, disse dele o seguinte: «Este homem maravilhoso teve a coragem de confiar nas crianças e nos jovens, com os quais trabalhava, ao ponto de transferir para as suas mãos as ocorrências disciplinares e de confiar a certos indivíduos as tarefas mais difíceis e de grande responsabilidade».

Korczak criou a primeira revista redigida a partir de textos enviados por crianças, que se destinava sobretudo a jovens leitores, A Pequena Revista. Foi igualmente um dos pioneiros dos estudos sobre o desenvolvimento e a psicologia da criança, bem como do diagnóstico da educação.

Era judeu-polaco que toda a vida afirmou pertencer às duas nações, a hebraica e a polaca.1

A juventude e a educação

Janusz Korczak nasceu em Varsóvia numa família judaica polonizada, era filho do advogado Józef Goldszmit (1844-1896) e de Cecylia, com o apelido de solteira Gębicka (1853/4-1920). Como a certidão de nascimento original não se conservou, a data de nascimento de Korczak é incerta. A família Goldszmit era oriunda da região de Lublin e a família Gębicka da região de Poznań; o seu bisavô Maurycy Gębicki e o seu avô Hersz Goldszmit eram médicos 2 . As sepulturas do pai de Janusz Korczak e dos seus avôs maternos (não se sabe onde se encontra a sepultura da mãe) encontram-se no cemitério judaico de Varsóvia, na rua Okopowa.

A boa situação financeira inicial da família Goldszmit começou a deteriorar-se devido à doença mental do pai que, pela primeira vez, foi internado num manicómio no início dos anos de 1890 com sintomas de insanidade mental. O pai morreu a 26 de abril de 1896. Depois da sua morte, Korczak, que era na altura um estudante de 17-18 anos, começou a dar explicações para ajudar a sustentar a família. A mãe, Cecylia Goldszmit, alugava quartos no seu apartamento de Varsóvia.

Korczak concluiu os exames do ensino secundário (“matura”) com a idade de vinte anos.


Quando era criança, lia muito. Passados anos, no diário escrito no gueto, anotou: «Deixei-me levar pela loucura, pela fúria da leitura. O mundo desapareceu diante dos meus olhos e só os livros existiam». Em 1898 deu início aos estudos na Faculdade de Medicina da Universidade Imperial de Varsóvia.

No verão de 1899, viajou pela primeira vez para o estrangeiro, para a Suíça, onde, entre outros, tomou conhecimento da atividade e da obra pedagógica de Johann Heinrich Pestalozzi. No final desse mesmo ano, também foi brevemente detido pela sua atividade nas salas de leitura da Associação de Caridade de Varsóvia. Estudou durante seis anos, repetindo o primeiro ano do curso. Também frequentou a Universidade Volante. Durante os seus tempos de estudante, conheceu de perto a vida dos bairros pobres, do proletariado e do lumpemproletariado.

Também pertenceu à loja maçónica Estrela do Mar da Federação Internacional “Le Droit Humain”, instituída a fim de «conciliar todas as pessoas segregadas por causa de barreiras religiosas, bem como procurar a verdade, conservando o respeito pelos outros seres humanos».3
O médico

No dia 23 de março de 1905, Korczak recebeu o diploma em Medicina. Em junho desse mesmo ano, foi recrutado na qualidade de médico para o exército do czar (naquele tempo, a Polónia encontrava-se sob o domínio estrangeiro) e participou na guerra russo-japonesa. Prestou serviço em Harbin. Aprendeu chinês com as crianças da Manchúria. No final de março de 1906 regressou a Varsóvia.

Entre 1905-1912 trabalhou como pediatra no Hospital Pediátrico de Berson e Bauman. Em troca de um apartamento no recinto do hospital, desempenhou funções de atendimento permanente no hospital na qualidade de médico interno, cumprindo as suas obrigações com dedicação. Na sua atividade médica não evitou os contactos com as zonas proletárias da cidade. Cobrava amiúde honorários simbólicos aos doentes pobres ou também lhes dava dinheiro para os medicamentos; no entanto, não hesitava em cobrar altos honorários aos ricos, o que era facilitado pela sua popularidade como escritor.

Nos anos de 1907-1910/11, viajou pelo estrangeiro com fins académicos. Assistiu a palestras, estagiou em clínicas pediátricas e visitou instituições de educação e proteção de menores. Esteve quase um ano em Berlim (1907-1908), quatro meses em Paris (1910) e ainda um mês em Londres (em 1910 ou 1911). Tal como escreveu, passados anos, foi precisamente em Londres que tomou a decisão de não constituir família e de «se dedicar às crianças e às suas causas».

Nesta época, participou ativamente na vida social; pertenceu, entre outros, à Sociedade de Higiene de Varsóvia e àSociedade das Colónias de Verão (TKL). Nos anos de 1904, 1907 e 1908, trabalhou nas colónias de férias organizadas pelo TKL para crianças judias e polacas. Em 1906 publicou A Criança do Salão, um livro que foi muito bem recebido pelos leitores e pela crítica. Desde então, graças à fama alcançada com as suas publicações, passou a ser um conhecido e procurado pediatra de Varsóvia. Em 1909, aderiu à Sociedade judaica “Auxílio aos Órfãos”, que anos mais tarde viria a construir o seu próprio orfanato Dom Sierot, cujo diretor seria Korczak.

Durante a Primeira Guerra Mundial voltou a ser recrutado para o exército do czar. Prestou serviço como chefe mais novo do hospital de campanha, principalmente, na Ucrânia. Em 1917 foi chamado para assumir funções de médico nos asilos de crianças ucranianas em Kiev.

Dois anos antes, durante umas curtas férias passadas em Kiev conheceu Maria Rogowska Falska, uma ativista, social e independentista, polaca que dirigia, naquela altura, uma casa de acolhimento para rapazes polacos.

Depois de ter terminado o serviço no exército russo, com a patente de capitão, regressou a Varsóvia em junho de1818. Depois da declaração de independência da Polónia (a 11 de novembro de 1918), Korczak depressa voltou para o exército. Desta vez, foi mobilizado para o exército polaco recentemente formado. Durante a guerra polaco-soviética (1919-1921) prestou serviço como médico nos hospitais militares de Łódź e Varsóvia. Também padeceu de tifo. Pelo trabalho realizado foi promovido à patente de major do Exército Polaco.


O orfanato da Krochmalna, onde Korczak trabalhou.
O pedagogo
As idéias

Desde muito jovem, Korczak interessou-se por assuntos relacionados com a educação das crianças e foi influenciado pelas ideias e experiências da «nova educação». Também se inspirou na teoria do progressivismo pedagógico, elaborada, entre outros, por John Dewey e pelos trabalhos de Decroly, Montessori ou pedagogos anteriores, tais como, Pestalozzi, Spencer e Fröbel; também conhecia as conceções pedagógicas de Tolstoi4 .

Sublinhava a necessidade de dialogar com as crianças.

Korczak publicava e proferia palestras sobre temas relacionados com a educação das crianças e a pedagogia. Primeiramente ganhou experiência no trabalho com as crianças como explicador e, posteriormente, como ativista social e, seguidamente, como diretor do orfanato Dom Sierot e cofundador do orfanato Nasz Dom. No período entre guerras lecionou em diversas universidades na Polónia, entre elas, noInstituto Nacional de Educação Especial (hoje Academia da Educação Especial de Maria Grzegorzewska), no Seminário Nacional de Professores de Religião Judaica e no Instituto Nacional de Professores.

Korczak era defensor da emancipação da criança, da sua autodeterminação e do respeito pelos seus direitos. Os princípios da democracia, que Korczak aplicava de igual modo tanto às crianças como aos adultos, eram implementados no quotidiano nos seus orfanatos sob a forma de autogestão dos educandos. «Uma criança compreende e raciocina como um adulto, só que não possui a sua bagagem de experiência» [falta a fonte].

A sua revista publicada pelas e para as crianças constituía o seu fórum, era uma forja de talentos e um importante pilar de assimilação, sobretudo, para as crianças das famílias judaicas ortodoxas. Como médico, Korczak era a favor daressocialização, bem como de uma proteção abrangente e inovadora das crianças, oriundas de famílias marginais.

Afirmava que o lugar da criança era na companhia dos seus pares e não isolada em casa.

Esforçou-se para que as crianças aperfeiçoassem as suas primeiras convicções e ideias principiantes, se sujeitassem ao processo de socialização e, assim, se preparassem para a vida adulta.

Esforçou-se por assegurar às crianças uma infância despreocupada, o que não quer dizer isenta de obrigações. Considerava que as crianças deveriam compreender e experimentar emocionalmente determinadas situações, tirar conclusões por elas próprias e eventualmente prevenir prováveis consequências. «Não existem crianças, existem sim pessoas», escreveu Korczak.

Korczak considerava todas as crianças, que tratara ou educara, como suas. Esta sua postura viria a ser confirmada pela sua atividade posterior. As suas convicções altruístas também não lhe permitiam favorecer ou distinguir o pequeno grupo dos seus educandos preferidos. Não considerava a família tradicional como o vínculo mais importante e fundamental dos laços sociais. Não aceitava o papel que ela desempenhava nos meios conservadores cristãos e tradicionais judaicos da sociedade.

Os elementos mais importantes da conceção de Korczak sobre a educação são os seguintes:
a rejeição da violência – física e verbal, resultante da vantagem de ser mais velho ou do desempenho de uma função superior;
a ideia de uma interação educativa entre adultos e crianças, que alargava a definição da pedagogia clássica;
a convicção de que a criança é um ser humano do mesmo modo que um adulto;
o princípio de que o processo educativo deveria levar em consideração a individualidade de cada criança;
a crença de que a criança, melhor do que ninguém, sabe das suas necessidades, aspirações e emoções e, logo, deveria ter direito a emitir a sua opinião e a ser ouvida pelos adultos;
o reconhecimento de que a criança tem direito ao respeito, à ignorância e ao fracasso, à privacidade, bem como às suas próprias opiniões e propriedade;
o reconhecimento de que o processo de desenvolvimento de uma criança é um trabalho difícil.
A atual perceção
Atualmente Janusz Korczak é cada vez mais reconhecido como precursor de um conjunto de correntes pedagógicas, enquanto a sua ideia de respeitar os direitos da criança é um ponto de referência para muitos autores contemporâneos.5 .

«Reformar o mundo quer dizer reformar a educação», preconizava Korczak.

Korczak é considerado um dos pioneiros da corrente pedagógica atualmente designada como “educação moral” (em inglês: moral education), ainda que não tenha criado uma teoria sistemática sobre o assunto6 7 As suas ideias pedagógicas modernas baseavam-se na prática. Era contra a doutrina na didática, muito embora tivesse um bom conhecimento das correntes pedagógicas e psicológicas da sua época8 . De acordo com Igor Newerly9 não se identificava com nenhuma ideologia política concreta, nem doutrina educativa.

Não obstante, Janusz Korczak é apontado como precursor de várias correntes. Kolberg considera que a Comunidade Justa de Crianças (em inglês: Children Just Community)10 se baseia na prática de Korczak. Também há quem diga11que Korczak e Paulo Freire têm ideias parecidas quanto à democracia na escola e à teoria do diálogo. Os defensores do amor pedagógico (em inglês: pedagogical love) baseiam a sua teoria no modelo de relações professor-aluno elaborado por ele12 . Outros autores13 vêem em Korczak e Martin Buber os princípios da corrente da “educação religiosa”. As ideias de Korczak são aplicadas na “ideologia da normalização” da educação das crianças deficientes mentais14 . A sua abordagem relativamente à educação das crianças influenciou as iniciativas legislativas empreendidas no pós-guerra em prol das crianças. A Polónia contribuiu grandemente para essas iniciativas, na medida em que tomou parte ativa na elaboração da Declaração dos Direitos da Criança em 1959 e promoveu a criação da Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas, em 1989.
Os orfanatos Dom Sierot e Nasz Dom

Juntamente com Stefania Wilczyńska fundou e dirigiu Dom Sierot, um orfanato que se situava na rua Krochmalna, nº 92 (hoje, rua Jaktorowska, nº 6), em Varsóvia, e se destinava a crianças judias, sendo financiado pela Sociedade judaica “Auxílio aos Órfãos”.

O orfanato abriu no dia 7 de outubro de 1912, sendo Korczak o seu diretor. Stefania Wilczyńska (1886-1942), conhecida como a menina ou a senhora Stefa, tornou-se a educadora principal. Korczak geriu o orfanato durante trinta anos. No final de outubro e princípio de novembro de 1940, o orfanato Dom Sierot foi transferido para o gueto, para a rua Chłodna. Durante a sua intervenção a propósito da transferência do orfanato numa repartição, Korczak foi detido. Os Nazis aprisionaram-no na cadeia do Pawiak, mas, passadas algumas semanas, foi libertado mediante o pagamento de uma caução.

Desde 1919, Korczak, em parceria com Maria Falska, fundou outra instituição de proteção, um orfanato para crianças polacas, Nasz Dom (A Nossa Casa), que inicialmente se situava numa localidade perto de Varsóvia, Pruszków, e, a partir de 1928, passou para o bairro da capital, Bielany. A colaboração de Maria Falska durou até 1936. No orfanato Nasz Dom, também eram aplicados métodos pedagógicos inovadores. Ambas as instituições, destinadas a crianças entre os 7 e os 14 anos, implementavam a conceção da comunidade em autogestão, que criava as suas próprias instituições, tais como, um parlamento, um tribunal, um jornal, um sistema de horas de serviço, um notário e uma caixa de crédito.

ela sua atividade educativo-instrutiva, Korczak foi galardoado com a Cruz de Oficial da Ordem da Polonia Restituta que lhe foi atribuída no dia 11 de novembro de 1925, no dia do feriado nacional da Independência
O escritor, o publicista e o jornalista da rádio

Estreou-se no dia 26 de setembro de 1896 no semanário, Kolce.

Como aluno do liceu não podia publicar oficialmente na imprensa e, por isso, assinava os seus artigos com o pseudónimo Hen, tendo mais tarde usado outros pseudónimos, entre eles, Hen-Ryk, Hagot e Velho Doutor. O pseudónimo Janasz Korczak, uma forma ligeiramente alterada de Janusz Korczak, que se tornou mais conhecido do que o seu próprio apelido, fora retirado do título de um romance de J. I. Kraszewski, Sobre Janasz Korczak e a bela filha do portador da espada. Korczak usou o nome pela primeira vez, em 1898, assinando a sua peça de teatro em quatro atos intitulada, Por onde, que foi enviada para um concurso de teatro. A peça não se conservou. Nos anos de 1898-1901 publicou na revista Czytelnia dla Wzystkich (Sala de leitura para todos). Desde 1900 começou a publicar como Janusz Korczak e a assinar com esse nome inclusivamente cartas particulares sem, contudo, desistir dos restantes pseudónimos.

Como Hen-Ryk colaborou com o semanário satírico Kolce. A partir de 1901 começou a escrever folhetins. Em 1905 foi editada uma coletânea dos seus folhetins, publicados na revista Kolce, intitulada Tretas e truques, bem como o romance As crianças da rua 1901.

O legado de Korczak como escritor inclui um total de 24 livros e mais de 1400 textos publicados em várias revistas. Conservaram-se, porém, poucos manuscritos, textos datilografados e documentos (entre eles, cartas), os quais perfazem um total de cerca de 300 textos. Considera-se que, dos seus estudos pedagógicos, os mais importantes são os seguintes: o ciclo de quatro volumes: Como amar uma criança (1920), Momentos educacionais (1924), Quando voltar a ser pequeno (1925), O direito da criança ao respeito (1929), bem como Pedagogia divertida (1939). De entre os livros para crianças destacam-se pela popularidade alcançada O rei Mateusinho I e O rei Mateusinho numa ilha deserta (1923) traduzidos para mais de vinte línguas, bem como A bancarrota do pequeno Jack (1924), As regras da vida (1930) e Caetanito, o feiticeiro (1935).

Pela sua obra literária Korczak recebeu, em 1937, o Laurel de Ouro da Academia Polaca de Literatura. Durante aSegunda Guerra Mundial escreveu um diário cuja importância reside nas circunstâncias em que foi escrito e na experiência de guerra do autor. Na sua obra pedagógica, Korczak também usou instrumentos muito modernos para os seus tempos. Criou um periódico para as crianças e jovens A pequena revista (1926-1939). A revista era publicada como suplemento semanal do diário de Varsóvia, A nossa revista. O primeiro número saiu a 9 de outubro de 1926 e foi a primeira revista criada por crianças na Polónia. A partir de 1930, o escritor Jerzy Abramow, conhecido após a guerra como Igor Newerly, tornou-se seu editor, ao mesmo tempo que desempenhava a função de secretário de Korczak.

A revista funcionava apesar da intensificação do antissemitismo, da intolerância e da segregação racial dos anos 30. O seu último número saiu com a data de 1 de setembro de 1939. Como pedagogo notável, o Velho Doutor também conduziu as suas atividades por intermédio de um ciclo de programas de rádio. Neles criou um estilo próprio para se dirigir aos ouvintes mais jovens, falando-lhes de um modo simples sobre coisas importantes. Em 1936, os programas pedagógicos do doutor saíram da antena, apesar da opinião entusiástica dos ouvintes e dos críticos, por causa de uma certa disposição crescente antissemita e de pressões externas afins. Korczak regressou à estação da rádio dois anos mais tarde e continuou a dirigir-se aos ouvintes da Rádio Polaca após a eclosão da guerra, nos primeiros dias de setembro de 1939.
A Segunda Guerra Mundial, o gueto e a última marcha

Como oficial do Exército Polaco, após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Korczak voluntariou-se para prestar serviço militar, mas não foi aceite, atendendo à sua idade. Durante a ocupação alemã, envergou a farda militar polaca. Também não aprovava a discriminação imposta pelos Nazis aos Judeus, patente no uso da Estrela de David, o que considerava uma profanação do símbolo. Passou os últimos anos da sua vida no gueto de Varsóvia. Newerly, o futuro biógrafo de Korczak, tentou arranjar-lhe documentos falsos na parte ariana da cidade, mas o médico recusou-se a sair do gueto. No gueto retomou a escrita regular do seu diário iniciado em 1939. Anteriormente e durante dois anos, não escrevera nada, visto que canalizara toda a sua energia para a educação das crianças de Dom Sierot e para outras atividades relacionadas com a situação das crianças no gueto. O diário foi publicado pela primeira vez em Varsóvia, em 1958. A última anotação tem a data de 4 de agosto de 1942.

Na manhã de 5 ou 6 de agosto de 1942, o terreno do chamado Pequeno Gueto foi cercado pelas tropas da SS e por polícias das forças ucranianas e letãs. Durante a chamada Grande Ação, ou seja, a principal etapa de exterminação da população do gueto de Varsóvia por parte dos Alemães, Korczak recusou, pela segunda vez, a proposta para se salvar por não querer abandonar as crianças e os funcionários de Dom Sierot. No dia da deportação do gueto, Korczak acompanhou o cortejo dos seus educandos rumo ao Umschlagplatz, de onde partiam os comboios para os campos de extermínio. Nesta marcha seguiam cerca de 200 crianças e algumas dezenas de educadores, entre eles, Stefania Wilczyńska. A sua última marcha transformou-se numa lenda. Tornou-se um dos mitos da guerra e um dos temas mais recordados, ainda que nem sempre consistente e fiável nos pormenores.

«Não pretendo ser iconoclasta, nem desmistificador de mitos, mas tenho de contar o que então vi. Pairava no ar uma enorme inércia, um automatismo e uma apatia. Não era visível comoção pelo facto de Korczak seguir no cortejo, não houve saudações (tal como alguns descrevem), também não houve de certeza a intervenção dos enviados do Judenrat (Conselho Judaico), nem ninguém se aproximou de Korczak. Não houve gestos, não houve cantos, não havia cabeças orgulhosamente erguidas; não me lembro se alguém empunhava o estandarte de Dom Sierot – há quem diga que sim. Havia um silêncio tremendo e exausto. (…) Uma das crianças segurava Korczak pela roupa ou talvez pela mão; seguiam como que em transe. Acompanhei-os até ao portão do Umschlag ...15 .

De acordo com outras versões, as crianças marchavam em linha de quatro e transportavam a bandeira do Rei Mateusinho I, o herói de uma das histórias escritas pelo seu educador. Todas as crianças levavam consigo o seu brinquedo ou o seu livro preferido. Um dos rapazes à cabeça do cortejo, tocava violino16 . Os Ucranianos e os SS batiam com os chicotes e disparavam sobre a multidão de crianças, embora o cortejo fosse encabeçado por um destes homens que, pelos vistos, nutria alguma simpatia pelas crianças17 .

Janusz Korczak morreu juntamente com os seus educandos no campo de extermínio nazi de Treblinka. No ano de 1948, foi postumamente agraciado com a Cruz de Cavaleiro da Ordem da Polonia Restituta.
A identidade[

Janusz Korczak considerava-se um Judeu-polaco. Atuou sempre no sentido de aproximar Polacos e Judeus. A sua língua materna era o polaco, que era também a língua em que escrevia as suas obras. Só começou a estudar hebraico nos anos 30, quando se aproximou do movimento sionista, mas entendia um pouco de ídiche, que era a língua da maioria dos Judeus-polacos, graças aos seus conhecimentos de alemão. Somente nos anos 30, começou a interessar-se pelo renascimento nacional judaico; colaborou com publicações das organizações da juventude sionista e também participou nos seus seminários. Durante esse período de tempo, também foi abalado por uma crise na sua vida privada e profissional. Em certa medida, duas viagens à Palestina, em 1934 e 1936, ajudaram-no a superar a situação e, tal como escreveu, «a encarar o passado, obter apoio para repensar o presente e – inclusivamente – vislumbrar o futuro».
Os filmes
O Senhor está livre, Dr. Korczak (em alemão: Sie sind frei Doktor Korczak), um filme realizado por Aleksander Ford em 1975. O filme aborda os últimos anos de vida de Janusz Korczak, cujo papel foi representado pelo ator Leo Genn.

Korczak – filme polaco realizado por Andrzej Wajda, com argumento de Agnieszka Holland, 1990. Representa o destino do Dr. Korczak e, de modo fragmentário, os crimes nazis perpetrados contra as crianças e os educadores do Dom Sierot, durante a implementação da chamada Operação Reinhardt. O papel de Korczak foi representado por Wojciech Pszoniak.

O Coração Corajoso de Irena Sendler – com nome original de "The Courageous Heart of Irena Sendler" (2010), o filme é baseado na história da assitente social "polaca", que ajudou a salvar cerca de 2,500 crianças do 'gueto de Varsóvia'. Neste filme aparece Janusz Korczak cuidando de suas crianças no gueto.

Deixe sua contribuição dilmafpbarcellos@hotmail.com
Estudando para o Projeto Pipas - Pedagogia social

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Janusz_Korczak

sábado, 3 de maio de 2014

Pestalozzi

Jhoan Heinrich Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746. Morreu com 81 anos, em 1827. Influenciou profundamente a educação concebendo-a como um processo de desenvolvimento harmonioso do ser humano, no plano físico, moral e intelectual.
Ninguém mas do que ele acreditou no poder da educação para aperfeiçoar o indivíduo e a sociedade. Com o seu poder influenciou reis e governantes a pensarem na educação do povo. Pois foi umu grande adepto da educação pública e é considerado ainda hoje, um dos pioneiros da pedagogia de intenção social, voltada para as pessoas humildes.
Pestalozzi tomou-se discípulo de Rousseau que foi um grande pensador que propôs uma concepção nova de ensino, baseada nas necessidades da criança, mas não as colocou em prática, quem o fez foi Pestalozzi, que tentou desenvolver suas idéias elaborando uma teoria do ensino. Trabalhou até o fim de sua vida na educação de crianças pobres em instituições dirigirias por ele mesmo. Seu método pedagógico era baseado nos interesses naturais do aluno, de acordo com a evolução do seu psiquismo, de modo que o aluno reduzisse o esforço despendido no processo de aprendizagem, por isso deu grande importância ao método intuitivo, e dizia: "É preciso psicologizar a educação". Os princípios gerais do método proposto por Pestalozzi foram resumidos por um de seus discípulos:
1- A observação ou percepção sensorial (intuição) é à base da instrução.
2- A linguagem deve estar sempre ligada à observação (intuição), isto é, ao objeto ou conteúdo.
3- A época de aprender não é a época de julgamento e crítica.
4- Em qualquer ramo, o ensino deve começar pelos elementos mais simples e proceder gradualmente de acordo com o desenvolvimento da criança, isto é, em ordem psicológica.
5- Tempo suficiente deve ser consagrado a cada ponto de ensino, a fim de assegurar o domínio completo dele pelo aluno.
6- O ensino deve Ter por alvo o desenvolvimento e não a exposição dogmática.
7- O mestre deve respeitar a individualidade do aluno.
8- O fim principal do ensino elementar não é ministrar conhecimentos e talento ao aluno, mas sim desenvolver e aumentar os poderes de sua inteligência.
9- O saber deve corresponder ao poder e a aprendizagem à conquista de técnicas.
10- As relações entre o professor e o aluno, especialmente em disciplina devem ser
baseadas e reguladas pelo amor.
11- A instrução deve estar subordinada ao fim mais elevado da educação.
Pestalozzi inovou os recursos metodológicos. Empregou letras de alfabeto presas a cartões e introduziu lousas, giz e lápis, mas o que foi mais importante foi à instrução simultânea ou em classe, o que não era novo, mas que, só foi posto em prática com Pestalozzi.
Suas principais obras foram: Leonardo e Gertrudes e como Gertrudes ensina seus filhos. Na primeira ele destaca a influência de uma mulher na reforma de toda aldeia através da educação. Na Segunda, que os conhecimentos e habilidades deveriam ser ensinados para criança.
Fonte: pedagogia.tripod.com/infantil/pestalozzi2.htm  

Rousseau

Frases de Jean-Jacques Rousseau:
"A instrução das crianças é um ofício em que é necessário saber perder tempo, a fim de ganhá-lo"

"Que a criança corra, se divirta, caia cem vezes por dia, tanto melhor, aprenderá mais cedo a se levantar"

"Tem‐se  muito  trabalho  para  buscar  os  melhores  métodos  de  ensinar  a  ler; 
inventam escrivaninhas, mapas; faz‐se do quadro da criança uma oficina gráfica. 
Locke pretende que as crianças aprendem a ler com dados. Não é uma invenção 
bem pensada? Que pena! M meio mais seguro que tudo isso é aquele que sempre 
é esquecido: o desejo de  aprender. Dai esse desejo a  criança, e depois deixai 
vossas  escrivaninhas  e  vossos  dados,  pois  qualquer  método  lhe  servirá".
(ROUSSEAU, 2004, p.135 apud  BATISTA, 2010, p.198). 


Foto: O princípio fundamental da obra de Rousseau é que o homem é bom por natureza












         













Foto: Wikimedia Commons

Rousseau retratado pelo pintor escocês Allan Ramsay



Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, em 1712. Sua mãe morreu no parto. Viveu primeiro com o pai, depois com parentes da mãe e aos 16 anos partiu para uma vida de aventureiro. Foi acolhido por uma baronesa benfeitora na província francesa de Savoy, de quem se tornou amante. Converteu-se à religião dela, o catolicismo (era calvinista). Até os 30 anos, alternou atividades que foram de pequenos furtos à tutoria de crianças ricas. Ao chegar a Paris, ficou amigo dos filósofos iluministas e iniciou uma breve mas bem-sucedida carreira de compositor. Em 1745, conheceu a lavadeira Thérèse Levasseur, com quem teria cinco filhos, todos entregues a adoção - os remorsos decorrentes marcariam grande parte de sua obra. Em 1756, já famoso por seus ensaios, Rousseau recolheu-se ao campo, até 1762. Foram os anos em que produziu as obras mais célebres (Do Contrato Social, Emílio e o romance A Nova Heloísa), que despertaram a ira de monarquistas e religiosos. Viveu, a partir daí, fugindo de perseguições até que, nos últimos anos de vida, recobrou a paz. Morreu em 1778 no interior da França. Durante a Revolução Francesa, 11 anos depois, foi homenageado com o translado de seus ossos para o Panteão de Paris.

Na história das idéias, o nome do suíço Jean-Jacques Rousseau (se liga inevitavelmente à Revolução Francesa. Dos três lemas dos revolucionários - liberdade, igualdade e fraternidade -, apenas o último não foi objeto de exame profundo na obra do filósofo, e os mais apaixonados líderes da revolta contra o regime monárquico francês, como Robespierre, o admiravam com devoção.
O princípio fundamental de toda a obra de Rousseau, pelo qual ela é definida até os dias atuais, é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade. Um dos sintomas das falhas da civilização em atingir o bem comum, segundo o pensador, é a desigualdade, que pode ser de dois tipos: a que se deve às características individuais de cada ser humano e aquela causada por circunstâncias sociais. Entre essas causas, Rousseau inclui desde o surgimento do ciúme nas relações amorosas até a institucionalização da propriedade privada como pilar do funcionamento econômico.
O primeiro tipo de desigualdade, para o filósofo, é natural; o segundo deve ser combatido. A desigualdade nociva teria suprimido gradativamente a liberdade dos indivíduos e em seu lugar restaram artifícios como o culto das aparências e as regras de polidez.
Ao renunciar à liberdade, o homem, nas palavras de Rousseau, abre mão da própria qualidade que o define como humano. Ele não está apenas impedido de agir, mas privado do instrumento essencial para a realização do espírito. Para recobrar a liberdade perdida nos descaminhos tomados pela sociedade, o filósofo preconiza um mergulho interior por parte do indivíduo rumo ao autoconhecimento. Mas isso não se dá por meio da razão, e sim da emoção, e traduz-se numa entrega sensorial à natureza.
Rousseau via o jovem como um ser integral, e não uma pessoa incompleta, e intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. Foi, portanto, um precursor da pedagogia de Maria Montessori (1870-1952) e John Dewey (1859-1952). "Rousseau sistematizou toda uma nova concepção de educação, depois chamada de ‘escola nova’ e que reúne vários pedagogos dos séculos 19 e 20", diz Maria Constança.
Para Rousseau, a criança devia ser educada sobretudo em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos - mesmo porque, segundo seu entendimento, até os 12 anos o ser humano é praticamente só sentidos, emoções e corpo físico, enquanto a razão ainda se forma. Liberdade não significa a realização de seus impulsos e desejos, mas uma dependência das coisas (em oposição à dependência da vontade dos adultos). "Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade", escreveu o filósofo.
Um dos objetivos do livro era criticar a educação elitista de seu tempo, que tinha nos padres jesuítas os expoentes. Rousseau condenava em bloco os métodos de ensino utilizados até ali, por se escorarem basicamente na repetição e memorização de conteúdos, e pregava sua substituição pela experiência direta por parte dos alunos, a quem caberia conduzir pelo próprio interesse o aprendizado. Mais do que instruir, no entanto, a educação deveria, para Rousseau, se preocupar com a formação moral e política.
Até aqui o pensamento de Rousseau pode ser tomado como uma doutrina individualista ou uma denúncia da falência da civilização, mas não é bem isso. O mito criado pelo filósofo em torno da figura do bom selvagem - o ser humano em seu estado natural, não contaminado por constrangimentos sociais - deve ser entendido como uma idealização teórica. Além disso, a obra de Rousseau não pretende negar os ganhos da civilização, mas sugerir caminhos para reconduzir a espécie humana à felicidade.
Não basta a via individual. Como a vida em sociedade é inevitável, a melhor maneira de garantir o máximo possível de liberdade para cada um é a democracia, concebida como um regime em que todos se submetem à lei, porque ela foi elaborada de acordo com a vontade geral. Não foi por acaso que Rousseau escolheu publicar simultaneamente, em 1762, suas duas obras principais, Do Contrato Social - em que expõe sua concepção de ordem política - e Emílio - minucioso tratado sobre educação, no qual prescreve o passo-a-passo da formação de um jovem fictício, do nascimento aos 25 anos. "O objetivo de Rousseau é tanto formar o homem como o cidadão", diz Maria Constança Peres Pissarra, professora de filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "A dimensão política é crucial em seus princípios de educação."
Não há escola em Emílio, mas a descrição, em forma vaga de romance, dos primeiros anos de vida de um personagem fictício, filho de um homem rico, entregue a um preceptor para que obtenha uma educação ideal. O jovem Emílio é educado no convívio com a natureza, resguardado ao máximo das coerções sociais. O objetivo de Rousseau, revolucionário para seu tempo, é não só planejar uma educação com vistas à formação futura, na idade adulta, mas também com a intenção de propiciar felicidade à criança enquanto ela ainda é criança.
Método natural e educação negativa
Rousseau dividiu a vida do jovem - e seu livro Emílio - em cinco fases: lactância (até 2 anos), infância (de 2 a 12), adolescência (de 12 a 15), mocidade (de 15 a 20) e início da idade adulta (de 20 a 25). Para a pedagogia, interessam particularmente os três primeiros períodos, para os quais Rousseau desenvolve sua idéia de educação como um processo subordinado à vida, isto é, à evolução natural do discípulo, e por isso chamado de método natural. O objetivo do mestre é interferir o menos possível no desenvolvimento próprio do jovem, em especial até os 12 anos, quando, segundo Rousseau, ele ainda não pode contar com a razão. O filósofo chamou o procedimento de educação negativa, que consiste, em suas palavras, não em ensinar a virtude ou a verdade, mas em preservar o coração do vício e o espírito do erro. Desse modo, quando adulto, o ex-aluno saberá se defender sozinho de tais perigos.
Fonte: sociedade.educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/rousseau-307428.shtml

Montessori

acrobaciasenlaluna.wordpress.com/2010/05/29/maria-montessori/

 MÉTODO MONTESSORIANO?

→ Segundo Maria Montessori, as crianças absorvem como “esponjas” todas as informações que requerem e necessitam para sua atuação na vida diária. A criança aprende a falar, escrever e ler da mesma maneira que o faz ao engatinhar, caminhar, correr, etc., ou seja, de forma espontânea.
→ A Dra. Montessori não estava de acordo com as técnicas rígidas e freqüentemente cruéis que se utilizavam na Europa. Baseou suas idéias no respeito para com a criança e a sua capacidade de aprendizado, partindo do princípio de não moldar a criança como reproduções de pais e professores.
→ Nas escolas tradicionais os alunos recebem a educação de maneira frontal.
→ Há um mestre na frente do grupo (cujos integrantes são da mesma idade) e este se dirige a eles de maneira grupal, porque o avanço no programa de estudos é coletivo. Ao ser desta maneira, algumas crianças ficam com lacunas em sua educação, apesar da boa vontade do professor.
→ Nas escolas Montessori, a mudança, “A meta da educação deve ser cultivar o desejo natural de aprender”, pelo que se manejam vários graus em cada grupo e existe diversidade de idades. As crianças maiores ajudam as menores, as quais por sua vez retro-alimentam as maiores com conceitos já esquecidos.
→ Cada parte da equipe, cada exercício, cada método desenvolvido, se baseou em suas observações do que os alunos faziam "naturalmente", por si mesmos, sem ajuda dos adultos. Portanto este método de educação é muito mais que o uso de materiais especializados, é a capacidade do educador de amar e respeitar a criança como pessoa e ser sensível a suas necessidades.
→ Cada parte da equipe, cada exercício, cada método desenvolvido, se baseou em suas observações do que os alunos faziam "naturalmente", por si mesmos, sem ajuda dos adultos. Portanto este método de educação é muito mais que o uso de materiais especializados, é a capacidade do educador de amar e respeitar a criança como pessoa e ser sensível a suas necessidades.
→ O educador exerce uma figura de guia, que potencia ou propõe desafios, mudanças e/ou novidades.
Os princípios básicos fundamentais da Pedagogia Montessori são:
→ A liberdade, a atividade e a individualidade;
a ordem, a concentração, o respeito pelos outros e por si mesmo, a autonomia, a independência, a iniciativa, a capacidade de escolher, o desenvolvimento da vontade e a autodisciplina.
Elementos que se utilizam no método Montessori
→ O ambiente preparado - organizado cuidadosamente para a criança, para ajudá-la a aprender e a crescer
→ O entorno e O material – preparado para que desenvolvam as partes: social, emocional, intelectual, a comprovação e necessidades morais de uma criança, mas também que satisfaça as necessidades de ordem e segurança, já que tudo tem seu lugar apropriado.
Algumas comparações entre o método Montessori e o tradicional
→ M: Ênfase nas estruturas cognitivas e desenvolvimento social.

T: Ênfase ao conhecimento memorizado e desenvolvimento social.

→ M: A mestra-papel sem obstáculos na atividade da sala. O aluno participante ativo no processo ensino aprendizagem.

T: A mestra -papel dominante e ativo na sala. O aluno participante passivo no processo de aprendizagem.

→ M: O ambiente e o método Montessori encoraja a auto-disciplina interna.

T: A mestra atua como a força principal na disciplina.


→ M: O ensino individualizado e/ou em grupo e se adapta a cada estilo de aprendizagem segundo o aluno.

T: O ensino em grupo é de acordo com o estilo de ensino para adultos.

→ M: Grupos com idades distintas .

→ M: Grupos com idades distintas .

T: Grupos da mesma idade.

→M: As crianças são motivadas a ensinar, colaborar e se ajudarem mutuamente.

T: Quem ensina é a mestra e não se motiva a colaboração.

→M: A criança escolhe seu próprio trabalho de acordo com seu interesse e habilidade.

T: A estrutura curricular para a criança é feita com pouco enfoque para o interesse da criança.

→M: A criança formula seus próprios conceitos a partir do material selecionado (auto-didata).

T: A mestra entrega os conceitos diretamente à criança.

→M: A criança trabalha pelo tempo que requeira os projetos ou materiais escolhidos.

T: Dá-se um tempo específico à criança, limitando seu trabalho.

www.ebah.com.br/content/ABAAAelkEAI/apresentacao-metodo-montessori

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Trilhando os Caminhos de Montessori

Por Katia Machado

Eu não inventei um método educacional; simplesmente, dei às crianças a chance de viver”. A frase é de Maria Montessori, médica italiana e antropóloga que mudou a concepção da Educação no mundo. À frente de sua época, Montessori começou a trabalhar com crianças deficientes, mantidas em hospitais. E criou, em sua trajetória, uma prática pedagógica que permite que a criança seja entendida não como um problema, mas como um ser humano que tem muito a ser explorado e aproveitado, vivendo sua fase mais rica - a infância.
Com uma proposta educacional formada com base em seu trabalho prático iniciado nos hospitais, Montessori vivenciou a maior e mais significativa experiência de sua vida e inaugurou uma espécie de pré-escola na periferia de Roma, para filhos de trabalhadores bem pobres. A Casa dei Bambini (em Português, a Casa dos Bambinos) foi o espaço ideal para que a médica e pedagoga adaptasse suas idéias a crianças normais, obtendo resultados excelentes.
Em seu trabalho, Maria percebeu que a formação da criança se dava muito mais em casa do que na escola. Daí a preocupação em trazer para a Casa dos Bambinos o conhecimento aplicado à vida prática,de modo que a vida da criança seguisse seu curso normal. Normalização, inclusive, era a palavra-chave da pedagogia montessoriana, que permitia a interação das forças corporais e espirituais (corpo, inteligência e vontade), fazendo com que as crianças conseguissem trabalhar de modo concentrado, atento e natural. 
Foram várias as idéias implantadas por Maria Montessori: o cuidado e o respeito pelo ambiente, consigo mesmo, em relação ao grupo e a troca de experiências entre mais novos e mais velhos. Afinal, em suas casas, as crianças conviviam com primos, irmãos, todos em idades diferentes. Assim, Maria Montessori criou um ambiente de que todos se sentissem donos, estando à vontade e tendo a liberdade de ir e vir. “Liberdade com responsabilidade” era um dos seus lemas. 

Índice Edição 07  
“Em cada estágio da vida, em qualquer idade, liberdade é a realização da energia, da independência e da perfeição”, dizia Maria Montessori.
Todo o trabalho de Montessori se apoiou em uma série de materiais didáticos, organizados em cinco grupos: material com exercícios para a vida cotidiana, material sensorial, de linguagem, de Matemática e de Ciências. Ela fazia uso de quebra-cabeças, letras em madeira ou lixa, diferentes alfabetos para compor palavras, formas variadas, barras de contagem, algarismos em lixa e madeira, conjunto de contas coloridas, etc. Esses materiais, sempre escolhidos livremente pelo aluno, eram usados de acordo com o ritmo de cada um. Sendo autocorretivos, permitiam que a criança fizesse a avaliação do seu progresso. Assim, as diretrizes metodológicas de Maria basearam-se na construção da personalidade da criança através do trabalho, do ritmo próprio, da liberdade, da ordem, do respeito e da normalização.

Constructor Sui
Campus Internacional Montessori
Rua Marquês de São Vicente, 355
Gávea - Rio de Janeiro
Tel.: 274-8285 Fax: 274-3633
 www.appai.org.br/jornal_educar/educar_n7/pedagogia/principal.htm


sexta-feira, 2 de maio de 2014

Pensadores da Educação



Dica: educarparacrescer.abril.com.br/pensadores-da-educacao/

Outras Frases e Pensamentos!

revistaculturacidadania.blogspot.com.br/2012_12_01_archive.html

blogmail.com.br/as-melhores-frases-do-mundo/

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Geografia do Estado do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro  é um estado  da região sudeste do Brasil, que possui uma área de 43.696,054 km². A capital do estado tem o mesmo nome do estado, ou seja, a capital tem o nome de Rio de Janeiro. A cidade do Rio de Janeiro, alias, é mundialmente conhecida como a “Cidade Maravilhosa”. O estado abriga a terceira maior população do país. É o menor estado da região Sudeste e possui a terceira maior população do país. Situa-se no leste da região Sudeste, tendo como limites Minas Gerais ao norte e noroeste, Espírito Santo a nordeste, São Paulo a sudoeste e o Oceano Atlântico a leste e ao sul. Sua capital é a cidade do Rio de Janeiro. Os habitantes ou naturais do município do Rio de Janeiro são designados pelo gentílico "carioca". Porém, o termo "fluminense" é usado também para designar algo ou alguém relacionado ao estado. O território atual do Rio de Janeiro localizava-se em trechos das Capitania de São Tomé e de São Vicente, na época do sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil. Com o objetivo de evitar a ocupação da região pelos franceses, em 1º de março de 1565 foi fundada a cidade do Rio de Janeiro, por Estácio de Sá. Em 1763, a cidade tornou-se sede do Vice-reino do Brasil e a capital da colônia. Em 1960 a capital foi transferida para Brasília.Uma das principais fontes de receita do estado é o turismo. O carnaval do Rio de Janeiro é o mais famoso do mundo. A sua economia é baseada também na prestação de serviços, tendo ainda uma parte significativa de indústrias e pouca agropecuária. O Rio de Janeiro possui a segunda maior economia do Brasil, perdendo apenas para São Paulo, e a quarta da América do Sul. A capital do estado é homônima. A cidade do Rio de Janeiro é reconhecida em todo mundo por suas praias, como a de Copacabana, tornando a cidade um destino muito procurado por turistas de todo planeta.
O lugar também vai sediar importantes eventos nos próximos anos, sendo sede da final da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Principais Cidades:


Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói.

            O relevo fluminense é bastante variado, onde podemos encontrar três principais elementos: A serra fluminense, (acima de 200 metros de altitude),  que ocorre no interior do estado, onde localiza-se inclusive o ponto mais elevado do Rio de Janeiro, o Pico das Agulhas Negras, com mais de 2.780 metros de altura, na Serra do Itatiaia. A baixada fluminense, regiões que não atingem 200 metros, numa área que estende-se em quase metade de todo o território e a região litorânea, com um litoral recortado que agrega baías, blocos rochosos , por exemplo, o Corcovado). O ponto mais alto do estado é o Pico das Agulhas Negras, com 2791 metros de altitude e praias. O litoral do estado é muito recortado, e se estende por 636 quilômetros, sendo que possui várias baías e um grande número de ilhas.

            A vegetação original do estado é a Mata Atlântica, que hoje encontra-se devastada, tendo ainda partes preservadas principalmente nas áreas mais elevadas da serra. Há incidência de mangues em algumas partes, mas a mata nativa em si já foi quase totalmente destruída pela urbanização e também transformada em campos para pecuária. A floresta da Tijuca é um bom exemplo remanescente da área total que a Mata Atlântica já ocupou.



            O clima do estado do Rio de Janeiro também varia bastante dependendo da região. Na região das baixadas, por exemplo, quem domina é o clima tropical semi-úmido, enquanto nos planaltos, temos o tropical de altitude. No primeiro, os verões costumam ser quentes e úmidos, com alto índice pluviométrico, enquanto o inverno é mais seco. No tropical de altitude os invernos costumam ser mais rigorosos.

             A Hidrografia mais importante do estado é o rio Paraíba do Sul, tem sua nascente em São Paulo (estado) e atravessa todo o Rio de Janeiro até o Oceano Atlântico. Outros rios que destacam-se são o Macaé, Grande, Piraí, entre outros, sendo que boa parte deles são afluentes do leito principal do Paraíba do Sul.

              O Turismo

Resende é a capital da Região das Agulhas Negras, que é considerada uma das mais belas do Brasil. A região é conhecida nacionalmente e internacionalmente pelos seus relevos montanhosos, cachoeiras, rios cristalinos, fauna e flora. A região das Agulhas Negras conta com cerca de 345 hotéis e 4 000 acomodações. A região é o segundo pólo turístico mais visitado do estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas para a capital.

Dos mais importantes pontos turísticos, destacam-se:
O Parque Nacional Itatiaia, localizado em Itatiaia e em Resende, é a mais antiga unidade de conservação do Brasil, criado em 14 de junho de 1937. O parque possui montanhas com quase 3 000 metros de altitude e mantém uma fauna e flora bastante diversificada, rios de águas cristalinas, que formam piscinas naturais e cachoeiras de tirar o fôlego. A portaria do parque fica a dezesseis km do centro de Resende.
Visconde de Mauá, distrito de Resende, é uma região de belezas naturais, cachoeiras e rios cristalinos, onde o canto dos pássaros, o clima ameno e a natureza viva são um convite ao descanso. Com colonização alemã, paisagem alpina, cachoeiras, locais esplêndidos para a prática de esportes como o voo livre, canoagem, trilhas e mountain bike, a localidade conta com uma rede hoteleira atuante, com restaurantes que variam da comida caseira (mineira) à tradicional, com destaque para os pratos preparados com o pinhão. Nos últimos anos, ficou famosa a Festa do Pinhão e o Festival Gastronômico que reúne na serra renomados chefs de cozinha. Distante 36 km do centro urbano de Resende, sendo toda estrada pavimentada, pela RJ-163.
A Academia Militar das Agulhas Negras oferece visitas guiadas em suas belas e impressionantes instalações e museus, basta se dirigir ao local em horário comercial.
No Parque Municipal da Cachoeira da Fumaça, com grandes extensões de matas preservadas, nascentes e riachos, encontra-se a cachoeira que dá nome ao local. Com duzentos metros, é o maior salto do estado do Rio. Nos 35 km de estrada do Centro até a Fumaça percorrem-se povoados que mais parecem estar no passado, como Pedra Selada e Jacuba.
O Parque Municipal da Serrinha do Alambari, distante doze km do centro de Resende, com o espaço territorial entre as cotas setecentos e 2 300 metros, divisa com o Parque Nacional de Itatiaia. Com excelente condição de preservação do ecossistema local, fortalece sua vocação de lazer amparada por Plano Diretor e criação da Área de Proteção Ambiental(APA). Possui condições climáticas excelentes, cachoeiras em rios com águas límpidas e frias. Abriga o Camping Clube do Brasil, um de seus principais atrativos.
Maciço das Prateleiras Engenheiro Passos
Engenheiro Passos, distrito de Resende, distante 28 km do centro, tem como marca registrada a presença dos hotéis-fazenda, todos eles em sedes antigas de grandes propriedades rurais. Os casarões atestam a opulência e a prosperidade econômica da época do café no Vale do Paraíba e conciliam conforto com a tradicional comida caseira, rios, cachoeiras, a vida natural do campo com passeios a cavalo e charrete, além da proximidade com a parte alta do Parque Nacional de Itatiaia.
O Centro Histórico de Resende possui diversos casarões, praças, pontes e igrejas do século XIX. O mais bem conservado, entre todos os prédios históricos do município, é a Fazenda do Castelo, localizada na área urbana. Concluída em 1835, em estilo neo-romântico, com 26 cômodos e 650 m² de área construída, foi sede de uma fazenda de café com mais de mil alqueires de extensão.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição começou a ser construída em 12 de maio de 1747 e foi inaugurada em1813. Sofreu algumas reformas, mas ainda conserva em seu acervo algumas peças da época de sua construção. Merece destaque a imagem de Santana e Nossa Senhora Menina em madeira e de tamanho natural.
A Ponte Nilo Peçanha, construída entre 1902 e inaugurada em 1905, atualmente é usada para a travessia de pedestres sobre o Rio Paraíba do Sul. É uma ponte de estrutura metálica pré-fabricada, importada da Bélgica. Forma, hoje, em conjunto com a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, um dos mais bonitos cartões-postais do Centro do município.
Principais recursos naturais: 
Petróleo na costa.
Principais problemas ambientais e sociais:  
Desmatamento nos morros da capital, provocada pela ocupação para construção de habitações; poluição do ar na capital e poluição das águas (rios e litoral). Nos últimos anos o desprendimento de encostas tem tornado-se um problema ambiental e social, já que tem comprometido a vida de muitas pessoas, como aconteceu na cidade de Nova Friburgo e também em Angra dos Reis.
Fontes de pesquisa:

http://www.suapesquisa.com/geografia/rio_de_janeiro.htm
http://www.infoescola.com/rio-de-janeiro/geografia-do-rio-de-janeiro/
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Estados/RiodeJaneiro/
http://geografiaopinativa.blogspot.com.br/2013/11/geografia-do-rio-de-janeiro.html